Urgência e Emergência: Entenda as Diferenças e Como Agir em Cada Situação

Na área da saúde, especialmente na enfermagem, é comum ouvir os termos urgência e emergência. Embora pareçam semelhantes, eles possuem significados diferentes e exigem condutas específicas. Para os profissionais da enfermagem e também para a população em geral, compreender essa diferença é essencial para salvar vidas, prestar o atendimento adequado e evitar complicações.

O que é urgência?

A urgência se refere a situações que necessitam de assistência rápida, mas que não colocam a vida do paciente em risco imediato. Um exemplo é a fratura em um braço, uma crise de asma controlada com medicação ou uma febre alta persistente. Nessas condições, o paciente precisa ser atendido logo, mas não corre risco iminente de morte se o socorro não for imediato.

Na prática da enfermagem, é comum que pacientes procurem as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) com queixas de dor abdominal, hipertensão descompensada ou pequenos acidentes domésticos. Nesses casos, o enfermeiro deve avaliar o quadro, aplicar protocolos como o de Classificação de Risco de Manchester e garantir que o paciente receba o encaminhamento correto.

O que é emergência?

A emergência envolve situações graves, em que há risco imediato de morte e a intervenção deve ser imediata. Exemplos incluem parada cardiorrespiratória, politraumatismos, infartos, hemorragias intensas e acidentes graves. Nessas situações, cada segundo conta e a equipe de saúde deve agir com rapidez e precisão.

No ambiente hospitalar, a emergência é caracterizada por protocolos bem estabelecidos, como o Suporte Básico e Avançado de Vida (BLS e ACLS), que guiam os profissionais na execução de manobras de reanimação e estabilização do paciente.

Diferenças práticas entre urgência e emergência
  • Urgência: precisa de atendimento rápido, mas não imediato. Exemplo: pressão arterial elevada sem sinais de complicação grave.

  • Emergência: risco iminente de morte, exigindo intervenção imediata. Exemplo: paciente com parada cardiorrespiratória.

Para estudantes e profissionais de enfermagem, essa diferenciação é fundamental, pois influencia diretamente no fluxo de atendimento, priorização de casos e aplicação dos protocolos de saúde.

Como agir em cada situação?
  • Em casos de urgência: manter a calma, avaliar os sinais vitais, aplicar medidas de estabilização inicial (como analgesia, controle de febre ou imobilização de fraturas) e encaminhar o paciente para avaliação médica.

  • Em casos de emergência: chamar imediatamente a equipe, iniciar suporte básico de vida (RCP, uso de DEA, controle de hemorragias) e garantir que os recursos avançados estejam disponíveis.

Dicas práticas para reconhecer e agir corretamente
  • Observe se o paciente está consciente e respirando.

  • Verifique a intensidade dos sintomas (dor leve ou dor súbita e intensa).

  • Avalie se há sangramentos, convulsões, falta de ar ou sinais de choque.

  • Em casos duvidosos, sempre acione o serviço de emergência (SAMU – 192).

Conclusão

Saber diferenciar urgência de emergência é essencial tanto para profissionais quanto para leigos. Na enfermagem, esse conhecimento permite aplicar os protocolos corretos e garantir a segurança do paciente. Já para a população em geral, compreender essa diferença ajuda a buscar o atendimento certo no momento adequado, evitando superlotação nos serviços de emergência e garantindo que os recursos sejam utilizados de forma eficaz.