Transamin (Ácido Tranexâmico): Indicações, Usos e Considerações Essenciais

O Transamin, nome comercial do ácido tranexâmico, é um medicamento amplamente utilizado em ambientes hospitalares e ambulatoriais para controle e prevenção de hemorragias. Este agente antifibrinolítico atua reduzindo a degradação do coágulo sanguíneo, sendo essencial em situações que envolvem sangramentos excessivos, como em cirurgias, traumas e condições ginecológicas.

Neste artigo, vamos explorar detalhadamente tudo sobre o Transamin: seu mecanismo de ação, indicações clínicas, doses recomendadas, precauções e cuidados de enfermagem, com informações atualizadas e respaldadas por fontes confiáveis. Se você busca um conteúdo completo e otimizado para seu aprendizado e atualização profissional, este material é para você!

O que é o Transamin?

O Transamin é o nome comercial do ácido tranexâmico, um derivado sintético do aminoácido lisina. Ele atua como um potente antifibrinolítico, inibindo a ativação do plasminogênio em plasmina, que é responsável pela degradação da fibrina (estrutura do coágulo). Com isso, o Transamin estabiliza os coágulos e ajuda a controlar sangramentos.

Principais Indicações do Transamin
O Transamin é indicado para:
  • Prevenção e controle de hemorragias em cirurgias (odontológicas, ortopédicas, cardíacas, ginecológicas);

  • Menorragia (sangramento menstrual intenso);

  • Hemorragia associada a distúrbios da coagulação (como doença de von Willebrand, hemofilia);

  • Sangramento em trauma (inclusive em uso emergencial em acidentes e politraumatismos);

  • Sangramento gastrointestinal;

  • Epistaxe (sangramento nasal) persistente.

Posologia Recomendada

A dose e a via de administração variam conforme a gravidade e o tipo de sangramento:

  • Uso intravenoso (IV): geralmente de 500 mg a 1 g a cada 6 a 8 horas, dependendo do caso.

  • Uso oral: 1 a 1,5 g (divididos em 2 a 3 doses diárias), especialmente para menorragia ou prevenção de sangramento pós-operatório.

  • Uso tópico: disponível na forma de solução para aplicação local em sangramentos nasais ou orais.

Ajuste de dose em insuficiência renal é necessário, devido à eliminação renal do medicamento.

Contraindicações e Precauções
O Transamin é contraindicado em:
  • Hipersensibilidade ao ácido tranexâmico ou a componentes da fórmula;

  • História de trombose ou tromboembolismo ativo;

  • Coagulação intravascular disseminada sem tratamento específico;

  • Insuficiência renal grave não monitorada.

Precauções:

  • Monitorar sinais de trombose venosa profunda (TVP) e embolia pulmonar (dispneia, dor torácica, edema);

  • Cuidado com interações medicamentosas com anticoagulantes e anticoncepcionais hormonais (risco aumentado de trombose);

  • Uso cauteloso em pacientes com doenças cardiovasculares, doenças hepáticas ou antecedentes de convulsões.

Efeitos Adversos Comuns
  • Náuseas, vômitos e diarreia;

  • Tontura e cefaleia;

  • Alterações visuais transitórias (visão turva);

  • Reações alérgicas (raras);

  • Trombose (em casos de uso inadequado).

Cuidados de Enfermagem com o Transamin
  • Realizar avaliação prévia do histórico clínico, verificando contraindicações;

  • Verificar sinais vitais e monitorar o paciente para eventos tromboembólicos;

  • Garantir hidratação adequada e monitorar função renal;

  • Orientar sobre possíveis reações adversas e a importância de notificar sintomas como dor nas pernas, dor torácica ou dificuldade respiratória;

  • Documentar rigorosamente a administração, dose, horário e resposta clínica no prontuário de enfermagem.

Exemplos Práticos de Uso do Transamin

Exemplo 1 – Cirurgia ortopédica:

Paciente submetido a artroplastia total de quadril, com sangramento intraoperatório significativo. Administrado Transamin 1 g EV antes da indução anestésica e 1 g EV no pós-operatório imediato. Sem intercorrências tromboembólicas.

Exemplo 2 – Menorragia:

Paciente com menorragia intensa. Prescrito Transamin 1 g VO 3 vezes ao dia durante o período menstrual. Boa resposta clínica, com redução significativa do volume de sangramento.

Exemplo 3 – Trauma:

Paciente politraumatizado em atendimento de emergência. Administrado Transamin 1 g EV no primeiro contato hospitalar para controle de sangramento, conforme protocolo de trauma.

Conclusão

O Transamin (ácido tranexâmico) é uma medicação fundamental para o controle de hemorragias em diversos contextos clínicos, desde cirurgias eletivas até situações de emergência. O domínio sobre sua administração, indicações e cuidados é indispensável para técnicos e enfermeiros que atuam em hospitais e unidades de saúde. Use sempre este medicamento de forma criteriosa e com respaldo das orientações médicas e das diretrizes de boas práticas assistenciais.

Referências

  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Trauma e Hemorragias. Brasília, 2022.

  2. COFEN. Resolução nº 564/2017 – Registro de Atividades do Enfermeiro.

  3. UpToDate. Tranexamic acid: Uses, dosages, and precautions. Acesso em 2025.

  4. Micromedex. Tranexamic acid monograph. IBM, 2025.

  5. ANVISA. Bula do medicamento Transamin (ácido tranexâmico). Acesso em 2025.