Tecnologia na Enfermagem: Telemedicina, Prontuário Eletrônico e Inteligência Artificial em 2025


A revolução digital na enfermagem
A enfermagem está vivendo uma verdadeira revolução digital. Com a chegada da telemedicina, dos prontuários eletrônicos e da inteligência artificial (IA), a forma de cuidar e de gerenciar pacientes se tornou mais ágil, precisa e integrada. Essas ferramentas estão presentes tanto em grandes hospitais quanto em Unidades Básicas de Saúde (UBS), tornando o atendimento mais acessível e qualificado. Para os enfermeiros, o domínio dessas tecnologias deixou de ser uma opção e se tornou uma necessidade no dia a dia profissional.
Telemedicina: proximidade sem barreiras
A telemedicina foi um dos grandes avanços para ampliar o acesso à saúde, principalmente após a pandemia de COVID-19. Por meio dela, enfermeiros podem acompanhar pacientes crônicos à distância, orientar sobre uso correto de medicamentos, realizar teleconsultas de acompanhamento e até identificar sinais de agravamento precoce. Imagine um paciente hipertenso que vive em uma área rural: com o suporte da telemedicina, o enfermeiro pode monitorar pressão arterial, ajustar condutas junto ao médico e reduzir a necessidade de deslocamento até a UBS. Isso economiza tempo, recursos e aumenta a adesão ao tratamento.
Prontuários eletrônicos e gestão do cuidado
Os prontuários eletrônicos são outro pilar da modernização da enfermagem. Eles permitem registrar informações de forma organizada, acompanhar evolução clínica e integrar dados entre diferentes profissionais de saúde. Essa tecnologia reduz falhas de comunicação, evita perda de informações e melhora a segurança do paciente. Em um hospital, por exemplo, o enfermeiro pode acessar em tempo real os resultados de exames, verificar alergias, controlar a administração de medicamentos e até gerar relatórios de evolução com maior precisão.
Inteligência artificial como apoio clínico
A inteligência artificial vem se tornando uma grande aliada da enfermagem. Algoritmos podem analisar dados clínicos e identificar padrões de risco, como sinais precoces de sepse, risco de queda em pacientes idosos ou probabilidade de complicações em gestantes. Na prática, isso significa que enfermeiros têm acesso a ferramentas que aumentam a capacidade de decisão clínica e fortalecem a segurança do cuidado. Além disso, a IA também pode ser aplicada na educação em saúde, com aplicativos que adaptam conteúdos conforme o nível de conhecimento do profissional ou estudante.
Desafios na implementação da tecnologia
Apesar dos benefícios, a adoção de tecnologias digitais na enfermagem enfrenta desafios. Muitos serviços ainda não têm infraestrutura adequada, a conexão com internet é limitada em algumas regiões e nem todos os profissionais recebem treinamento suficiente para usar as ferramentas com segurança. Outro ponto sensível é a ética: o uso de dados digitais exige sigilo, proteção da privacidade do paciente e aplicação responsável da inteligência artificial. Portanto, além de equipamentos modernos, é fundamental investir em capacitação e regulamentações claras.
Conclusão
A tecnologia já é parte integrante da prática de enfermagem e está transformando a forma de cuidar. A telemedicina aproxima profissionais e pacientes, os prontuários eletrônicos organizam e garantem segurança no registro de informações, e a inteligência artificial amplia a capacidade de decisão clínica. Para que esses avanços cumpram seu papel, é essencial investir em infraestrutura, formação profissional e em políticas públicas que garantam acesso igualitário. A enfermagem que abraça a inovação digital fortalece o SUS, melhora a qualidade do atendimento e promove uma saúde mais eficiente e humanizada.
Referências
Ministério da Saúde. “Manual de Telessaúde para Profissionais de Saúde.”
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). “Tecnologia e Inovação na Enfermagem.”
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). “Transformação Digital em Saúde.”
Organização Mundial da Saúde (OMS). “Digital Health and Nursing 2025.”