Losartana Potássica: Indicações, Usos e Considerações Essenciais

A Losartana Potássica, conhecida simplesmente como Losartana, é um antagonista seletivo dos receptores de angiotensina II (BRA – bloqueador dos receptores de angiotensina), amplamente utilizada no controle da hipertensão arterial sistêmica e em condições associadas à disfunção cardiovascular e renal. Sua ação eficaz e seu perfil de segurança favorável fazem desta medicação uma escolha comum em tratamentos de longo prazo, tanto ambulatoriais quanto hospitalares.

Neste artigo, vamos explorar detalhadamente tudo sobre a Losartana: mecanismo de ação, indicações clínicas, doses recomendadas, precauções e cuidados de enfermagem, com informações atualizadas e respaldadas por fontes confiáveis. Se você busca um conteúdo completo e otimizado para seu aprendizado e atualização profissional, este material é para você!

O que é a Losartana Potássica?

A Losartana Potássica é um medicamento da classe dos bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA). Ela atua bloqueando seletivamente a ligação da angiotensina II ao seu receptor AT1, impedindo a vasoconstrição e a secreção de aldosterona. Isso resulta na diminuição da pressão arterial, redução da resistência vascular periférica e aumento da excreção renal de sódio e água.

Principais Indicações da Losartana

A Losartana é indicada para:

  • Hipertensão arterial sistêmica (HAS), tanto isolada quanto associada a outras comorbidades;

  • Insuficiência cardíaca congestiva (ICC), em pacientes intolerantes aos inibidores da ECA;

  • Proteção renal em pacientes diabéticos com nefropatia (nefropatia diabética);

  • Redução do risco de AVC em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda;

  • Disfunção renal em doenças crônicas associadas à hipertensão e proteinúria.

Posologia Recomendada

A dose e a forma de administração variam de acordo com a condição clínica e resposta do paciente:

  • Uso oral (VO):

    • Dose inicial para hipertensão: 50 mg uma vez ao dia.

    • Ajuste de dose: pode ser aumentada para até 100 mg/dia (em dose única ou dividida em 2 tomadas), dependendo da resposta clínica.

    • Para nefropatia diabética e proteção renal: iniciar com 50 mg/dia e, se necessário, aumentar para 100 mg/dia.

    • Para insuficiência cardíaca: iniciar com 12,5 mg a 25 mg/dia, com ajuste gradual.

Ajuste de dose em insuficiência hepática e renal pode ser necessário, e a Losartana não é recomendada em casos de insuficiência hepática grave.

Contraindicações e Precauções
A Losartana é contraindicada em:
  • Hipersensibilidade à losartana ou a qualquer componente da fórmula;

  • Gravidez (especialmente no 2º e 3º trimestres);

  • Lactação (não recomendado);

  • Uso concomitante com alisquireno em pacientes com diabetes mellitus.

Precauções:

  • Monitorar pressão arterial e função renal regularmente, especialmente em pacientes com insuficiência renal ou hepática;

  • Risco de hipercalemia (especialmente com uso concomitante de suplementos de potássio ou diuréticos poupadores de potássio);

  • Cuidado ao associar com outros anti-hipertensivos ou diuréticos, devido ao risco de hipotensão sintomática.

Efeitos Adversos Comuns
  • Tontura, cefaleia e fadiga;

  • Hipotensão, especialmente após a primeira dose;

  • Hipercalemia;

  • Alterações na função renal;

  • Tosse (menos comum do que com IECA);

  • Distúrbios gastrointestinais leves.

Cuidados de Enfermagem com a Losartana
  • Realizar avaliação prévia do histórico clínico, verificando contraindicações e interações medicamentosas;

  • Monitorar pressão arterial e frequência cardíaca regularmente;

  • Avaliar função renal e níveis séricos de potássio, especialmente em idosos e pacientes com insuficiência renal ou hepática;

  • Orientar o paciente sobre a importância de manter o tratamento, mesmo na ausência de sintomas, e de não interromper a medicação sem orientação médica;

  • Documentar rigorosamente a administração, dose, horário e resposta clínica no prontuário de enfermagem.

Exemplos Práticos de Uso da Losartana

Exemplo 1 – Hipertensão arterial sistêmica:

Paciente com HAS estágio 2, prescrito losartana 50 mg VO uma vez ao dia. Monitorada a pressão arterial e ajustada a dose para 100 mg/dia após 4 semanas, com boa resposta clínica.

Exemplo 2 – Nefropatia diabética:

Paciente diabético com proteinúria persistente. Iniciado losartana 50 mg VO/dia, com aumento gradual para 100 mg/dia. Observada melhora na proteinúria e na pressão arterial.

Exemplo 3 – Insuficiência cardíaca congestiva:

Paciente com ICC e intolerância ao IECA. Prescrita losartana 25 mg VO/dia, ajustada conforme tolerância e resposta clínica. Melhora na sintomatologia de congestão.

Conclusão

A Losartana Potássica é um medicamento fundamental para o controle da pressão arterial e proteção renal em pacientes de alto risco cardiovascular. O conhecimento sobre suas indicações, posologia, cuidados de enfermagem e potenciais efeitos adversos é essencial para uma prática segura e eficaz.

Referências
  1. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Tratamento da Hipertensão e Cardiopatias. Brasília, 2023.

  2. COFEN. Resolução nº 564/2017 – Registro de Atividades do Enfermeiro.

  3. UpToDate. Losartan: Uses, dosages, and precautions. Acesso em 2025.

  4. Micromedex. Losartan monograph. IBM, 2025.

  5. ANVISA. Bula do medicamento Losartana Potássica. Acesso em 2025.