As 20 Principais Medicações de Uso Hospitalar e Suas Indicações: Guia para Técnicos e Enfermeiros


Profissionais de enfermagem atuam diretamente na administração de medicamentos e devem estar familiarizados com os principais fármacos utilizados no ambiente hospitalar. Conhecer as indicações, vias de administração, cuidados de enfermagem e possíveis efeitos colaterais é fundamental para garantir a segurança do paciente. Este artigo traz uma lista com as 20 principais medicações hospitalares utilizadas no Brasil, com orientações claras e baseadas em referências confiáveis.
1. Dipirona sódica
Indicação: Analgésico e antipirético.
Uso: Dor leve a moderada, febre.
Via: IV, IM, oral.
Cuidados: Monitorar sinais de reação alérgica e hipotensão na infusão IV.
2. Paracetamol
Indicação: Dor leve e febre.
Via: Oral ou IV.
Cuidados: Observar hepatotoxicidade em uso prolongado ou doses elevadas.
3. Ceftriaxona
Indicação: Antibiótico de amplo espectro.
Uso: Infecções respiratórias, urinárias, meningites.
Via: IV ou IM.
Cuidados: Diluir corretamente, observar reações alérgicas.
4. Omeprazol
Indicação: Inibidor da bomba de prótons.
Uso: Úlcera gástrica, esofagite, refluxo.
Via: Oral ou IV.
Cuidados: Administrar antes das refeições.
5. Furosemida
Indicação: Diurético de alça.
Uso: Edema, insuficiência cardíaca, hipertensão.
Via: Oral, IV.
Cuidados: Monitorar diurese, potássio sérico e pressão arterial.
6. Cloreto de potássio (KCl)
Indicação: Reposição de potássio.
Via: Oral ou IV diluído.
Cuidados: Nunca administrar IV direto. Monitorar ECG e eletrólitos.
7. Metoclopramida
Indicação: Antiemético e procinético.
Uso: Náuseas, vômitos, gastroparesia.
Via: IV, IM, oral.
Cuidados: Observar sinais extrapiramidais.
8. Pantoprazol
Indicação: Inibidor da bomba de prótons.
Uso: Úlceras gástricas, esofagite erosiva, prevenção de sangramentos gastrintestinais.
Via: IV ou oral.
Cuidados: Administrar preferencialmente em jejum. Observar interações medicamentosas.
9. Tramadol
Indicação: Analgésico opioide.
Uso: Dor moderada a intensa.
Via: Oral, IV ou IM.
Cuidados: Avaliar sinais de depressão respiratória e dependência.
10. Enoxaparina
Indicação: Anticoagulante.
Uso: Profilaxia e tratamento de trombose.
Via: Subcutânea.
Cuidados: Alternar local de aplicação, monitorar sinais de sangramento.
11. Heparina sódica
Indicação: Anticoagulante.
Via: IV ou subcutânea.
Cuidados: Monitorar TTPa, risco de sangramento.
12. Insulina Regular
Indicação: Controle glicêmico em pacientes diabéticos ou críticos.
Via: Subcutânea ou IV.
Cuidados: Verificar glicemia antes da aplicação. Ter fonte de carboidrato por perto.
13. Insulina NPH
Indicação: Controle glicêmico.
Via: Subcutânea.
Cuidados: Avaliar glicemia capilar e hipoglicemia tardia.
14. Dexametasona
Indicação: Corticosteroide com ação anti-inflamatória e imunossupressora.
Via: IV, IM, oral.
Cuidados: Monitorar glicemia, sinais de infecção, retenção hídrica.
15. Noradrenalina
Indicação: Agente vasopressor.
Uso: Choque séptico, hipotensão refratária.
Via: IV contínua.
Cuidados: Uso exclusivo em UTI, monitorar pressão arterial continuamente.
16. Adrenalina (epinefrina)
Indicação: Reanimação, anafilaxia.
Via: IV, IM ou subcutânea.
Cuidados: Observar taquiarritmias e hipertensão.
17. Morfina
Indicação: Analgésico opioide potente.
Uso: Dor intensa, pré-operatório.
Via: IV, IM, oral.
Cuidados: Monitorar sedação, depressão respiratória.
18. Midazolam
Indicação: Sedativo e ansiolítico benzodiazepínico.
Uso: Sedação em UTI, pré-anestesia.
Via: IV ou IM.
Cuidados: Monitorar saturação e nível de consciência.
19. Vancomicina
Indicação: Antibiótico para infecções graves por Gram-positivos.
Via: IV.
Cuidados: Infundir lentamente, risco de síndrome do "homem vermelho".
20. Oxigênio medicinal
Indicação: Suporte respiratório em hipoxemia.
Via: Cateter, máscara ou sistema de alto fluxo.
Cuidados: Usar umidificador quando necessário, monitorar SpO2.
Conclusão
O conhecimento das medicações hospitalares mais utilizadas é essencial para a segurança do paciente e para a atuação eficiente do profissional de enfermagem. Além de administrar corretamente, o enfermeiro deve observar os efeitos adversos, respeitar os protocolos institucionais e registrar todas as ações no prontuário.
Referências:
Ministério da Saúde. Protocolo de Segurança na Prescrição e Administração de Medicamentos. https://www.gov.br/saude
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). https://www.gov.br/anvisa
Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Manual de Boas Práticas em Enfermagem. https://www.cofen.gov.br
Farmacopéia Brasileira. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia